terça-feira, 26 de agosto de 2008

Palácio do Catete, Palácio da República hoje Museu da República - Rio de Janeiro

Um comentário:

José Paulo de Resende disse...

Palácio da República - Palácio do Catete hoje Museu da República.
Neste Palácio, hoje Museu, viveu e morreu o Presidente Getúlio Vargas.
24 de Agosto de 1954 - O Presidente Getúlio Vargas se suicidou no Palácio da República.
Fotos: Fotógrafo Paulo Resende
Música: Trenzinho do Caipira de Villa Lobos cantada por Edu Lobo

"Um marco do poder das elites cafeicultoras do Segundo Reinado". Nas palavras de Cícero Antonio de Almeida, autor de Catete, memórias de um Palácio, assim é descrito o prédio hoje conhecido como Museu da República.

O Palácio do Catete foi construído entre 1858 e 1867 para servir de residência a Antonio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo, e sua família até 1889. Projetado pelo arquiteto alemão Gustav Waehneldt, o Palácio apresenta influência da arquitetura italiana renascentista. Nele trabalharam artistas e artífices alemães, portugueses e brasileiros, e sua decoração privilegiou materiais importados. Após a morte do barão, o Palácio foi herdado por seu filho, o Conde de São Clemente.

Em 1889, foi vendido à Companhia do Grande Hotel Internacional, que não chegou a transformar o prédio num hotel de luxo, como pretendia, devido a sua falência prematura. Foi, então, adquirido por um dos seus acionistas, o conselheiro Mayrink, que, em 1896, vendeu o Palácio à Fazenda Federal. Naquele mesmo ano, foi decidida a transferência da Presidência da República do Palácio Itamaraty para o Palácio Nova Friburgo. A inauguração solene da nova sede da presidência se deu em 24 de fevereiro de 1897, sendo a partir de então conhecido como Palácio do Catete. Serviu de sede do Poder Executivo até 1960.

Com a inauguração de Brasília, o presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira inaugura o Museu da República, instalado no Palácio do Catete, em 15 de novembro de 1960.

Vários eventos de importância para a História do Brasil têm registro nas salas do Palácio, como a morte do Presidente Afonso Pena em 1909, a assinatura da declaração de guerra contra a Alemanha em 1917, a visita dos reis da Bélgica em 1920, a posse do governo provisório da Revolução e a visita e hospedagem do Cardeal Pacelli, futuro Papa Pio XII em 1934. O Presidente Getúlio Vargas assinou, em 1942, a declatação de guerra contra o Eixo no Salão Ministerial; poucos poderiam, então, pensar que o seu suicídio, com um tiro no coração, ocorreria em 1954 em seu aposento no terceiro andar do Palácio.

Com as paredes de suas fachadas revestidas de granito e mármore rosa e as portadas em mármore branco, ele tem uma posição de destaque em relação às residências aristocráticas da época. Está integrado ao urbano, junto à circulação do povo. O parque não era utilizado para acesso, mas como área de recolhimento e tranqüilidade. As águias de bronze no alto do prédio não são as originais, que eram sete, de tamanho menor, e foram substituídas em 1897, com a chegada da presidência, por esculturas que representavam as estações do ano, a agricultura, o comércio e a República. As atuais foram colocadas por volta de 1909, quando o Palácio do Catete passou a ser chamado também de Palácio das Águias.

O prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1938.