sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Carta do MV Varig Cirtoli e do Cmte. Varig Tito Walker para os senhores

Carlos Henke e Herênio ( funcionários Varig )

Assistimos ao filme com alguns momentos da viagem de vocês ("viajaram" mesmo, hein! Na maionese!). Observamos, em um dado momento, o Celso afirmar que a Subcomissão Aerus da ALERGS foi iniciativa de vocês. Foi isso mesmo? E a Nota Técnica? Foram vocês que a escreveram também? Que cara de pau! Duvidamos que vocês consigam escrever uma Nota Técnica como aquela.

Que mal lhes pergunte: vocês pretendem, como está na ação do SNA, onde também somos réus (a patrocinadora Varig), distribuir os três bilhões (resultado da ação do congelamento tarifário da Varig), entre as demais patrocinadoras com planos deficitários? Não acreditamos, pois vocês foram tão inflexíveis com a nossa turma da ativa. Achamos é que não estão sabendo das coisas todas. Mas, como ajudaram a entregar a Varig a um laranja, estamos atentos. Até porque temos a força coletiva de impedir o potencial de destruição de vocês. E também para o registro histórico. Para nossos filhos.

Não nos lembramos, durante a nossa vida profissional, de os ter visto lutando pelos direitos dos trabalhadores. Mas, agora chegaram ao limite, parece que ou vocês não têm a menor capacidade de reflexão, ou talvez a meta de vocês seja a de continuar dando tiros nos pés. Porque vocês não são daqueles esclarecidos que vão receber (e já vêm há tempos recebendo) gordas benesses pelos serviços prestados. Por favor, mirem nos pés de vocês somente, deixem os nossos de fora.

Preocupa-nos o potencial de fazer mal ao coletivo deixado antever no modo de agir de vocês. Quando a cabeça não pensa, o corpo padece. Por não termos entendido coletivamente o que de fato queriam fazer conosco e por más ações de alguns vigaristas e pela omissão de muitos de nós, estamos agora nesta crítica situação, esmolando nossos mínimos direitos. Dependentes de eternos salvadores da pátria que sempre, historicamente, só salvaram o seu $ próprio. É preciso abrir os olhos, deixar a luz entrar e perceber dos fatos, pelo nosso bem. Porque a prática é o critério da verdade, mas se nem com os fatos óbvios se consegue enxergar, aí perderemos o bonde da história outra vez e faremos por merecer a canga que nos tem sido imposta por um aparelhamento óbvio de nosso Estado.
Luiz Tito Walker e Nelson Cirtoli

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