sábado, 8 de setembro de 2007















Exmo. Deputado Paulo Ramos do PDT do Rio de Janeiro ao lado dos verdadeiros representantes dos trabalhadores da VARIG.

Deputado Paulo Ramos falará na CPI do Apagão.
D E S T A Q U E S
Paulo Ramos falará na CPI do Apagão

O deputado estadual Paulo Ramos (PDT), que presidiu a CPI na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro que investigou a "Venda da VARIG", vai prestar depoimento na CPI do Apagão Aéreo da Câmara Federal, quinta-feira próxima, dia 13 de setembro, às 09:30h. Segundo o parlamentar esta venda não passou de uma "grande maracutaia e um crime de lesa pátria" fruto de uma grande orquestração que passou por decisões do governo federal, pelo processo de recuperação judicial e a utilização de "laranjas" na compra da empresa.

O relatório final ficou pronto e o deputado espera que tenha desdobramentos nas CPI's da Câmara e Senado bem como no Ministério Público Federal, na Receita Federal, no Banco Central (BC) e na Polícia Federal. "Não é possível que um caso de tamanha dimensão fique sepultado em função da relação daqueles que foram os autores. Nós conseguimos aprovar a quebra do sigilo bancário, telefônico e fiscal do Marco Antônio Audi, Marcos Raftel e do Luiz Galo (responsáveis pela operação). Apesar da CPI ter poder para fazer isso, os investigado conseguiram no Tribunal de Justiça uma liminar para que não tivessem a quebra do sigilo. É de fundamental importância o país conhecer a origem do dinheiro de cada um, que isoladamente, entrou no negócio com cerca de US$ 6 milhões. Estas pessoas não tem tradição, histórico empresarial nem lastro para este aporte financeiro. A venda da Varig pode ser considerada um negócio surpreendente. O grupo, liderado pelo chinês Lap Chan, comprou a empresa por cerca de US$ 20 milhões e, oito meses depois, vendeu por algo em torno de US$ 320 milhões".

O relatório da CPI foi contundente e mostra que a "venda da Varig " foi um grande escândalo que originou a chamado Apagão Aéreo com a saída de cerca de 60 aeronaves do Brasil e a saturação das rotas voadas pelas empresas concorrentes que foram beneficiadas com esta "operação' bem como as empresas estrangeiras acabaram dominando as rotas internacionais fazendo com que o país perdesse mais de 1bilhão e 500 milhões de dólar ano na balança comercial.

A lei de Recuperação Judicial 11.101, que já foi questionada pelo PDT através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, serviu de instrumento para que os trabalhadores e demais credores fossem fraudados em seus direitos. Da mesma forma o Fundo de Pensão AERUS foi criminosamente destruído, sofrendo uma intervenção e liquidação quando os trabalhadores tentavam recuperar a empresa.


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